Fundado há cerca de 40 anos e autointitulado o maior safári da América Latina, com cerca de 2.000 animais (entre camelos, zebras, hipopótamos, cervos, antas, antílopes, búfalos, cisnes, emas, flamingos, lhamas, cágados, pavões, macacos, capivaras e aves), o Pampas Safari (pertencente ao Grupo Febernati) encerrou suas atividades e vem sendo alvo de fiscalização e processos desde 2013.
Durante esse período, nem os proprietários, tampouco o governo e órgãos de fiscalização tomaram qualquer providência para resolver a situação dos animais.
Nessa última terça, 22, soubemos que cerca de 400 cervos exóticos, que foram tirados de seu habitat natural e trazidos para cá, serão sistematicamente abatidos. Cervos não são animais nativos de nosso país. Já existe confirmação do Ibama sobre o extermínio desses animais.
A alegação é que eles estariam com tuberculose, zoonose que poderia passar aos seres humanos. Não há registro de nenhum tipo de contágio humano oriundo do local. Estamos cobrando do Ibama os processos e resoluções, bem como comprovações da doença.
Estranhamos a alegação da necessidade de extermínio dos animais justamente no momento que o parque está falido e não tem mais condiçoes de mantê-los. Além disso, cobramos saber porque não foram feitas ações de remanejo de animais para outros locais, santuários ou reabilitação e devolução à natureza, no caso dos nativos. Nos preocupamos com o destino dos demais, além dos cervos condenados.
Tais ações feitas na calada, sem a sociedade ter conhecimento, nos dão razão para cobrar maiores explicações do que vem ocorrendo. Tivemos acesso a fotos de carcaças de animais em antigos berçários abandonados, além de imagens que demonstram insalubridade, falta de higiene e abandono, em salas e enfermarias que deveriam atender e zelar pela espécies quando necessário.